Maquininha: a voz do Brasil Ride.
Se você frequenta ou já frequentou algum Brasil Ride ou outras provas ciclísticas, você provavelmente já escutou a voz de Marcos Cezário dos Santos, popularmente conhecido como Maquininha.
Maquininha começou sua história no Mountain Bike em 1989. Um orgulhoso integrante da primeira geração do MTB no Brasil. Já participando de etapas nacionais da modalidade na época. Não contente em apenas participar de provas de MTB, Maquininha começou a militar pelos direitos e vantagens que o uso das bicicletas como veículo de propulsão humana podem trazer.
Simultaneamente começou a promover eventos em sua cidade pois sempre gostou muito do esporte e da pronúncia do nome Mountain Bike. Começou com eventos do Pumpers Bike Club e continuou por 5 anos, quando recebeu o convite da campanha Bicicleta Brasil para ir até Brasília apoiar o código de trânsito que incluía a bicicleta como veículo de propulsão humana com prioridade sobre veículos automotores.
Após pedalar 1600 km até Brasília, onde foi recebido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e reconhecido como presidente do Pumpers Bike Club. Se formou em direito e fez sua monografia sobre bicicletas no código de trânsito, que na época era um tema completamente revolucionário.
Maquininha já havia feito a locução pela necessidade de ter alguem para narrar as provas que ele organizava. Mas sua carreira começou de fato quando foi convidado a narrar uma das mais famosas provas de rua que aconteciam em sua cidade. Sempre colocando muito amor e muita energia em suas locuções.
Seu famoso apelido surgiu quando foi fazer a locução em um circuito de corridas de rua que aconteciam em sua cidade. Para a locução das largadas ele já tinha uma noção do que falar, mas na hora das chegadas a situação ainda estava mal resolvida. Até hoje não se sabe ao certo se ele ouviu alguém falar, se foi uma mensagem subliminar ou se foi um sonho, mas no momento das chegadas alguma coisa o fez pensar em “MAQUININHA, MAQUININHA”. No mesmo dia já estava gritando para todos os competidores que chegavam e assim manteve por 5 anos sem saber o que era ou o motivo. Mas os competidores gostavam e se sentiam motivados então acabou virando seu “nome” como locutor.
Sua história no Brasil Ride começou quando ele foi convidado para fazer a locução na prova Tour do Brasil que ia de São Carlos a Botucatu. Nesse evento Maquininha conheceu o Mario Roma, organizador do Brasil Ride, e no evento mesmo perguntou a Mario se ele já tinha locutor para o Brasil Ride da Bahia que prontamente respondeu que sim e que era o próprio Maquininha, desde então Maquininha faz a locução do Brasil Ride até os dias de hoje.
Quando perguntamos ao Maquininha o que ele preferia pedalar ou narrar, ele não hesitou em responder que o amor pelo Mountain Bike é gigante, mas sua paixão mesmo é pela locução. Ele diz que não há satisfação maior do que trazer a emoção para as pessoas que estão ali dando o sangue nas competições, pois como já foi um competidor uma vez, ele entende as dores e DÓI TUDO, DÓI TUUUUDO MAS É BOM DEMAAAAIS.
Super conhecido pelos seus famosíssimos bordões, Maquininha nos contou que os bordões foram surgindo com o tempo de acordo com o que ele percebia dos ciclistas. Ele percebeu que ao gritar seus famosos bordões ele dava aquele gás final para os competidores, principalmente os EXTENSOS E SONOROS PAAAAARABÉNS.
Buscamos saber algumas curiosidades sobre nosso grande amigo Maquininha, e descobrimos que durantes as noites ele costuma “aquecer” sua voz com umas boas e velhas roncadas, além de ensaiar todo seu repertório de bordões.
Maquininha continua firme e forte nas suas locuções, com mais de 20 eventos confirmados para 2020, dentre eles diversas etapas do Brasil Ride. Sempre com muita paixão e emoção, não só nas locuções, mas em tudo que ele faz em prol ao ciclismo e principalmente ao Mountain Bike.