Entenda a importância das zonas de treinamento para ciclistas
Saber como as zonas de treinamento funcionam e aplicá-las na rotina do atleta ou esportista é um diferencial importante para bons resultados em todas as modalidades, inclusive no ciclismo.
Essas zonas (Z) compõem uma escala que determina diferentes intensidades de esforço e cada uma delas envolve demandas fisiológicas e metabólicas que, por sua vez, promovem diferentes respostas em nosso organismo.
Texto em parceria com Dra. Renata Teixeira, fisiologista do esporte na Care Club.
Quando você é praticante de qualquer modalidade esportiva com regularidade, a intenção dos treinos sempre será de ter uma performance melhor, evoluir, aprender mais sobre técnicas para aproveitar o esporte ao máximo. Sabendo controlar essas zonas é mais fácil que o potencial do atleta não seja subestimado ou superestimado, consequentemente deixando de progredir ou sofrendo alguma lesão e até mesmo uma perda de rendimento.
Definir as zonas de treinamento não é apenas importante em relação a melhora da performance, pois com seu monitoramento, é possível que o atleta realize o esforço correto proposto pelo seu treinador, e isso tem um impacto na prevenção de lesões e overtraining.
Douglas Soares Pontes – Profissional de Educação Física e Especialista Semexe
Antes de entrarmos mais especificamente na explicação das Zonas de treinamento, vale entender o que é o termo Limiar aeróbico e limiar anaeróbico.
Limiar aeróbico: O limiar aeróbico é o ponto em que o nível de lactato no sangue começa a aumentar. O nível de condicionamento aeróbico de cada indivíduo determina a frequência cardíaca real no limiar aeróbico. Por exemplo, o limiar aeróbico de pessoas com um condicionamento aeróbico fraco pode estar a 60% da sua FC máx., enquanto que, para atletas treinados, ele pode ser até 85% da sua FC máx.
limiar anaeróbico: Seu limiar anaeróbico é a intensidade de exercício mais alta que você pode manter por um período prolongado, sem que o lactato se acumule substancialmente no sangue. Quando você ultrapassa seu limiar anaeróbico, seu metabolismo anaeróbico aumenta e o lactato sanguíneo começa a se acumular, o que fará os músculos enrijecerem.
Do ponto de vista fisiológico, temos três zonas de treinamento:
- Z1: moderada até o primeiro limiar
- Z2: pesada, entre limiares
- Z3: severa, depois do segundo limiar
Em contrapartida as três zonas, os treinadores também podem trabalhar com até 7 zonas, mas independentemente, as divisões em zonas devem estar relacionadas a capacidades físicas e demandas energéticas relativas a cada uma delas. Cada atleta tem suas complexidades e deve ser estudado de maneira única.
Dra. Renata Teixeira – fisiologista
A opinião de uma atleta sobre as zonas de treinamento
Existem algumas formas de definir as zonas de treinamento, entretanto, a mais indicada e precisa, será através de um teste ergoespirométrico em cima da bike. O atleta parte do repouso até o esforço máximo usando uma máscara que avalia através das trocas gasosas todas as respostas fisiológicas do corpo do indivíduo. Afirma a Dra. Rafaella Sinisgalli, médica do esporte na Care Club e também Triatleta.
Elas (zonas de treinamento) podem ser lidas como frequência cardíaca, velocidade, ritmo e percepção de esforço, a mais usada no ciclismo é a potência, medida através de um potenciômetro na bike, que consegue avaliar o quanto de força o atleta está fazendo, resultado em informações específicas que colaboram na programação de treinos e provas importantes.
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Por último, porém muito importante: Quer ter mais performance em cima da bike? Ou melhor, se você deseja colocar em prática no seu pedal as zonas de treinamento – Procure realizar uma avaliação correta dos seus treinos que será feita por especialistas. Um bom médico do esporte e até uma assessoria esportiva te ajudará com as ferramentas corretas a visualizar com alta precisão o que, e como é possível melhorar seus treinos com mais performance, seja você um ciclista amador ou profissional. Bons treinos e #SocaBota
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