Bike-Life: caminho sem volta
Ao buscar melhor bem-estar e economia, muitos moradores de grandes cidades repensam seus hábitos de locomoção.
O que vamos relatar neste texto é uma opinião pessoal de quem usa a bicicleta como meio de transporte para ir e voltar do trabalho, diariamente, na maior metrópole da América Latina: Sampa, para os mais chegados, ou São Paulo, para todos. Vantagens, desvantagens e até emoções. Como eu mudei a minha mobilidade urbana?
Para ser sincero e sem firulas, não foi uma decisão difícil trocar o meu meio de transporte diário. Carro particular por uma bicicleta… Que, depois, se tornaram duas bikes. Não precisei fazer muitas contas, pois já estava decidido: quero, ou melhor, preciso economizar nos meus deslocamentos diários.
Não me desfiz do meu carro, isto é, do veículo que compartilho com minha namorada. O sujeito, ops!, o automóvel é um belo de um beberrão (Jeep Renegade 1.8 Flex) e um ávido consumidor de etanol e gasolina. Esse foi o primeiro motivo: economizar. Só de combustível, gastava cerca de R$ 1.200 por mês. Quem tem carro sabe que o custo mensal não é somente com combustível: IPVA, licenciamento, seguro, lavagem, revisão, multas…
A segunda razão para trocar o carro pela bike foi a saúde. Mesmo sendo jovem (tenho 34 anos) e tendo hábitos saudáveis (alimentação equilibrada, corrida no parque aos finais de semana, passeios longos com o cachorro e até um pedal aqui, outro ali, na ciclovia, com minha bike de estrada), isso não era suficiente para ter um bom sono, mais produtividade e qualidade no meu dia a dia, seja em casa, seja no escritório. A bike entrou na rotina diária como um exercício físico.
Sim, eu preferi comprar uma bicicleta elétrica (e-bike) para dar uma força extra nas subidas e não chegar suado no escritório, localizado no bairro da Vila Madalena, que fica, aproximadamente, a 10 quilômetros de distância da minha casa, no Campo Belo.
De carro, eu gastava entre 25 e 30 minutos. De bike, o tempo varia de 35 a 40 minutos. A e-bike – uma Caloi e-vibe Easy Ride, parcelada, em 12 vezes, no cartão de crédito – custou R$ 6.200. Outro detalhe importante: como o carro (carinhosamente apelidado de Renegado) é dividido com a minha namorada, e eu sempre dei preferência para ela usar mais vezes do que eu, antes de ter a bike como meio de transporte, eu utilizava carros por aplicativo ao menos três vezes por semana. Ou seja, mais ou menos R$ 60 por dia para ir e voltar do escritório. A conta não fechava ao final do mês.
Treino com a MTB
Definitivamente, o bichinho da bike me picou. Depois, eu vendi a minha bike de estrada, que estava parada na garagem. Afinal, eu a usava apenas duas vezes ao mês. Com o dinheiro, resolvi comprar uma mountain bike para acompanhar a namorada, em pedais mais descontraídos, aos fins de semana. E vejam…
Às vezes, eu utilizo a MTB para ir ao trabalho. Funciona como um treino, já que ela não tem motor elétrico e preciso fazer esforço maior para pedalar. Porém, a MTB tem suspensão no garfo dianteiro, o que ajuda bastante a aliviar os impactos das imperfeições e dos buracos nas ruas de São Paulo. Sem titubear, hoje, eu sou uma pessoa mais feliz (o pedal diário me deixa animado) e com mais qualidade de vida.
Claro, tivemos outros custos, nesse meio do caminho: capacete, iluminação para bike, luvas e óculos transparentes para proteger os olhos do vento e de qualquer objeto que pudesse voar na minha face.
Lembre-se. Não importa qual seja o modelo de sua magrela, pedale com segurança. Utilize capacete, antecipe e informe seus movimentos aos motoristas. A MTB é uma bike muito versátil e me surpreendeu, positivamente, no uso diário e também esportivo. Já a de estrada voltará em outro momento da vida para uma prática esportiva com mais foco na performance. Seja feliz e, se quiser algumas sugestões de bikes novas, confira os modelos desta página. Feliz pedal para você!
19 comentários sobre “Bike-Life: caminho sem volta”
Comentários estão encerrado.